quinta-feira, 10 de junho de 2010

foto: Tiago Sousa

Que bom ter vontade de escrever, escrever sem motivo, escrever sem mostrar nada que o coração quer dizer, escrever para ninguem, sem intencionalidades, sem recados, sem mensagens subliminares.

Escrevo bem quando me sinto mal, quando tenho a cabeça atordoada por turbilhões de emoções confusas, escrevo melhor assim porque posso expulsar todas elas e niguém vai entender meus pesadelos, isso é o melhor de escrever, enfeitar os fatos que atordoam com letras que acalmam, que fazem rir, pensar.

Posso dizer tudo sobre alguém em uma frase, só falando de uma flor. Posso falar nada sobre alguém contando sua história, essa é a beleza das palavras, dizer o indizível, esconder o óbvio. A vida é mais fácil quando é escrita e mais bonita quando é lida.

Tiago Sousa
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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ler


Pensando a respeito acho que ler devia ser proibido. Nada contra quem lê, mas de certas coisas não se duvida e ler não é nada bom.

A leitura nos torna incapazes de suportar a realidade. A leitura tira o homem de sua vida pacata e o transporta para lugares nada convencionais.

Para uma criança o perigo é ainda maior pois ela pode crescer inconformada com os problemas do mundo e querer até mudá-lo. Dá pra imaginar?

Outra coisa, ler pode estimular a criatividade e você não quer uma criancinha bancando o geniosinho por aí, quer?

Além disso a leitura pode tornar o homem mais consciente e ia ser uma confusão se todo mundo resolvesse exigir o que merece.

Nada de vagar pelos caminhos da imaginação, simplesmente porque leu um bom livro.

Há quem diga que ler engrandece, mas eu não conheço um caso sequer.

Quer um conselho? Silêncio! Ler só serve aos sonhadores e sua vida não é uma brincadeira!

Cuidado! Ler pode tornar as pessoas perigosamente mais humanas.


Texto de Guiomar de Grammon usado em parte para a campanha publicitaria de incentivo a leitura da Faculdade Salvador
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Vida e morte


Já vivi tempo suficiente, estou pronto para a morte, pronto que ela venha e se mostre no seu único afazer, levar-nos para o fim.
Já brinquei de pula-pula, de esconde-esconde, de pega-pega, já beijei aquela garota que meus olhinhos infantis olhava com seriedade de adulto, já colei chiclete na carteira da professora, já passei horas na frente da televisão vendo desenhos japoneses, fui criança por tempo suficiente. A vida deveria se resumir a isso: ser criança, até esse momento ela é aprazível, mas aí vem a seriedade. Ah essa seriedade deixa a vida um tédio. Temos que ser sérios para estudar, afinal de contas é nosso estudo que vai sustentar nossa carreira, temos que ser sérios nos relacionamentos, no trabalho, temos que ser adultos. É nesse momento que a vida deveria acabar. A seriedade prolonga a vida de uma maneira insuportável. Quero a paz de quando era menino, mas como esse monstro de dez cabeças que chamam de tempo, não permite, clamo o nada, o fim, a morte.
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