Aquela menininha de olhos azuis passeava atardezinha na praça e cantarolava enquanto segurava nas mãos um lenço vermelho, o dia se fazia tão bonito que todos os passarinhos viam brincar diante dos seus olhos como costumam fazer numa manhã de sábado ensolarado. Não era sábado, não era manha e nem havia tanto sol assim, mas a alegria e o encanto de Maria fazia tudo ficar mais bonito. Sua amiguinha, Ana, notou tanta felicidade e se juntou a ela, para confessar-lhe suas alegrias naquele dia. Mas Maria recuou e a proibiu de falar, Ana já havia deixado-a triste por muitas vezes e ela queria que aquele momento fosse só dela, e numa fúria repentina de orgulho, egoísmo e asco, ela empurrou para longe sua amiguinha dizendo que ela não podia tentar ser feliz também... E Ana se pôs a correr enquanto havia forças e se manteve o mais distante possível daquela que não a permitiu sorrir depois de errar...
...Na verdade Ana e Maria eram uma só, num dilema eterno de se sentir duas.
Oh, me rancou arrepios
ResponderExcluirLindo!