terça-feira, 11 de maio de 2010

A imbricação de mal e bem

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Bondade e maldade não são entes distintos, forças de oposição ou dualidade. Elas não são, senão a mesma substância, duas formas de manifestação de um mesmo impulso humano, digo o da vontade. A maldade é somente uma nomenclatura da moralidade cristã, não há maldade ou bondade efetiva, só há o que nós cristãos, designamos como tal. Só há amor em função da vida-própria, toda espécie do que chamamos de bem só é efetivado em função de nossa vida particular, assim como o mal que praticamos, sempre em função do nosso bem-viver. Praticamos o mal assim como praticamos o bem, visando uma melhora na nossa própria vida, nunca na do outro. O bem que faço para o outro, não é para o outro, mas uma tentativa interesseira de fazer o bem a mim mesmo, e o mal que pratico com o outro é a tentativa de refletir em mim algum tipo de prazer ou trazer benefícios a mim. Tudo se resume ao egoísmo, não no sentido pejorativo do termo, mas real, o amor a si e a própria vida, somos animais e mesmos que digam que somos superiores em função da ratio, herdamos toda animalidade que chamamos de primitiva. Toda maldade e bondade do ser-humano não é senão humanidade.

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